quarta-feira, 9 de abril de 2008

Porciúncula longe de uma epidemia de dengue

Apenas 3 casos confirmados de dengue



Porciúncula está longe de uma epidemia de dengue. Apesar do pânico formado pelo perigo em contrair o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypit, o município não tem apresentado índices oficiais que caracterizam alarme da população. Os números registrados apontam apenas para uma situação normal para esse período, considerado crítico devido às chuvas.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em 2008 já houve 75 notificações, ou seja, pacientes que apresentaram sintomas da dengue. Desse montante, porém, apenas 3 casos foram confirmados. O local com maior incidência é o centro da cidade com 15 notificações.
A Secretaria organizou um mutirão de combate à dengue, de 31 de março a 04 de abril. A iniciativa contou com o apoio dos soldados do Tiro de Guerra, que junto dos agentes percorreram todos os bairros do município. “Apesar do forte apelo da mídia e as notícias veiculadas sobre o risco de deixar água parada, encontramos muitos focos da dengue. A população deve atentar que as ações de combate à dengue são compartilhadas com a sociedade em virtude de o mosquito Aedes aegypit ser doméstico”, disse Bárbara Ignez, coordenadora de educação em saúde de Porciúncula.
Como prevenção, várias ações foram desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde ao longo de 2007: contratação de mais 8 agentes de endemias; capacitação, através da Fundação Oswaldo Cruz, de 40 agentes comunitários de saúde aptos a trabalhar no combate à dengue; troca do larvicida, veneno utilizado no combate às larvas do mosquito (antes a durabilidade do larvicida era de 15 dias, enquanto a ação do atual é de 60 dias); presença, nos meses de maio e junho, do carro fumacê e desenvolvimento de ações de educação e saúde com as escolas do município, com o envolvimento de crianças e jovens na conscientização das famílias, e recolhimento de pneus e entulhos nas vias públicas.
As ações implementadas pela Secretaria de Saúde e pela população devem ser contínuas. O número reduzido de casos não significa que a doença está sob controle, uma vez que o mosquito vai se adaptando e se fortalecendo. Todos devem permanecer em alerta e olhar para o seu quintal com o mesmo olhar do agente.
Ascom/PMP